SEJURI – Secretaria de Estado de Justiça e Reintegração Social

Famílias são orientadas a se engajar na reinserção social de adolescentes em conflito com a Lei

Conforme relatou o gerente do Centro Socioeducativo Regional de Lages, Sr. João Augusto Elias Friedrich, a cada dois meses, familiares de adolescentes que cumprem medidas de privação de liberdade são convidados a participar de encontros onde recebem orientações sobre como fazer parte da rede de apoio na busca pela ressocialização.

A ação de acompanhamento e orientação às famílias ocorre dentro do plano de trabalho técnico socioeducativo da unidade, com atividades intensificadas nos últimos tempos. Além dos atendimentos individuais e trabalho em grupos, os profissionais fazem contato com a rede de atendimento nos municípios de origem dos adolescentes, formada por unidades públicas como Centro de Referência em Assistência Social (CRAS), Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS) e Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).

Na unidade, o encontro multifamílias, como é conhecido, ocorre logo após as visitas. Como a maioria dos internos são de outras regiões do estado, e quando seus familiares não têm condições de arcar com os custos das passagens para visitá-los, uma vez por mês, o Departamento de Administração Socioeducativa (DEASE) fornece as passagens.

“Todo esse esforço é para que os adolescentes retomem suas vidas como todo cidadão, sendo livres, com acesso ao trabalho, estudo, saúde e lazer. Que eles possam viver com dignidade, respeitando e sendo respeitado”, destaca a psicóloga da equipe técnica, Cristiane Granetto.

Em um dos encontros foi possível contar com a presença do juiz da Infância e Juventude da comarca de Lages, Dr. Ricardo Alexandre Fiúza, onde teve a oportunidade de conversar com familiares dos internos a respeito do tema, destacando que a participação da família é fundamental na socialização dos adolescentes autores de atos infracionais. Para ele, “é preciso que todos estejam preparados para dar suporte e incentivo necessários quando voltarem para casa, especialmente a família. Os vínculos comunitários e familiares precisam estar fortalecidos. Essa será uma grande ajuda para que não voltem à prática de atos infracionais”.

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