Operação Decápodas: Polícia Penal prende mulher no Norte da Ilha

Com precisão cirúrgica e inteligência estratégica, a Polícia Penal de Santa Catarina deflagrou, na manhã desta sexta-feira (13), a Operação Decápodas, coordenada pelo Núcleo de Busca e Recaptura (RECAP). A ação teve como objetivo o cumprimento de um mandado de prisão contra uma mulher considerada uma das principais responsáveis pelo tráfico de drogas em uma das áreas mais sensíveis da Capital: a comunidade conhecida como Favela do Siri, no bairro Ingleses, Norte da Ilha.
A ofensiva contou com a participação de 12 policiais penais, que atuaram de forma coordenada para garantir a efetividade da prisão e a segurança da equipe, mesmo em uma região marcada pela presença do crime organizado. A prisão foi motivada por regressão de regime, após o descumprimento das condições impostas pela Justiça. Segundo as investigações, a mulher – que já cumpria pena em regime mais brando – estava envolvida diretamente com o armazenamento, fracionamento e distribuição de entorpecentes na região, o que levou à revogação do benefício e à expedição de novo mandado de prisão.
O alvo era peça-chave na estrutura do crime organizado local. A operação foi o desfecho de um trabalho minucioso de investigação e inteligência, conduzido pela Diretoria de Inteligência e Informação (DINF) da Secretaria de Estado da Justiça e Reintegração Social (SEJURI), que monitorava os passos da criminosa há semanas.
A prisão ocorreu sem resistência, mesmo em área conflagrada, onde o domínio territorial e o risco à segurança dos agentes são elevados. Após ser detida, a mulher foi levada à Central de Plantão Policial da Capital e, na sequência, transferida para o Presídio Feminino de Florianópolis, onde permanece à disposição da Justiça.

A ação integra uma linha contínua de atuação da Polícia Penal de Santa Catarina, que esteve presente em todas as fases do processo. A mulher presa era monitorada pela Unidade de Monitoramento Eletrônico (UME) por meio de tornozeleira eletrônica, mas, após descumprir as condições impostas pela Justiça, teve regressão de regime e precisou retornar ao sistema prisional. Todo o processo de fiscalização e comunicação da violação foi conduzido pela Polícia Penal, que também atuou na localização e recaptura da foragida, por meio do Núcleo de Busca e Recaptura (RECAP). A operação reforça o papel estratégico da Polícia Penal no enfrentamento ao crime e na manutenção da ordem pública — dentro e fora dos presídios.
O RECAP tem ampliado sua atuação nos últimos meses, focando em alvos ligados ao crime organizado e que representam risco à ordem pública. Com o apoio das áreas de inteligência da SEJURI, o grupo tem contribuído decisivamente para retirar de circulação lideranças criminosas que atuam, direta ou indiretamente, dentro e fora do sistema penitenciário catarinense.