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Quinteto de sopros da Orquestra Filarmônica se apresenta no Presídio Regional de Jaraguá do Sul

Nesta última sexta-feira (15) o Quinteto de Sopros da Orquestra Filarmônica SCAR se apresentou no Presídio Regional de Jaraguá do Sul. Essa foi a primeira apresentação de uma série de três, que foram contempladas no edital Elisabete Anderle de 2022 da Fundação Catarinense de Cultura do Governo do Estado de Santa Catarina. A próxima apresentação será nesta sexta-feira (22), com o quinteto de cordas e no sábado (23), será a vez do sexteto de metais e percussão.

Conforme o coordenador de projetos da SCAR, Paulo Zwolinski, o projeto “Curta Sua Orquestra” foi contemplado ano passado como uma das principais premiações do Estado no segmento.

“O Curta Sua Orquestra vem para democratizar não só a música orquestral, como a arte de modo geral, inclusive entrando em espaços de maior vulnerabilidade social, espaços onde o acesso e o controle são mais limitados, mas essas pessoas que estão lá também precisam ter o acesso à arte e a cultura porque é um direito básico de qualquer cidadão brasileiro.”

A música de câmara executada pelos instrumentos de sopro como flauta transversal, oboé, fagote, trompa e clarinete, foi apreciada por 45 apenados, além dos policiais penais e demais trabalhadores que estiveram no local.

O silêncio do lugar era quebrado pelas intervenções do maestro Jorge Scheffer, nas quais explicava curiosidades dos instrumentos e na sequência apresentava a próxima música a ser executada.

“Este é um projeto de via de mão dupla, aonde nós conseguimos trazer com os grupos a apreciação estética de obras do repertório da música erudita, bem como é um projeto de formação humana para o nosso corpo artístico. Ele é extremamente importante para democratização do acesso a cultura.”

Segundo o diretor do Presídio Regional de Jaraguá do Sul, Ricardo Ortiz, a cultura desenvolve a moral e inteligência do indivíduo. E ações como essa do Curta Sua Orquestra são importantes para a ressocialização.

“A pessoa privada de liberdade está afastada da sociedade. Tudo o que vier de bom que movimente os sentimentos, a educação, a cultura, o trabalho, ajuda a desenvolver esse indivíduo porque ele entra aqui para pagar os seus crimes, mas nós queremos que ele saia ressocializado”, ressalta.

Créditos fotográficos: Nicolas Cani/SCAR.

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