SAP – Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa

Superintendência Psicossocial e Saúde do Dease divulga calendário da saúde para o mês de março

CALENDARIO MÊS DE MARÇO

09/03 – Dia da Nefrologia/ Dia Mundial do Rim

21/03 – Dia Nacional da Síndrome de Down

21/03 – Dia Mundial da Infância

24/03 – Dia Mundial de Combate à Tuberculose

MARÇO ROXO- Dia Mundial de Conscientização da Epilepsia

 

Dia da Nefrologia

O Dia Mundial do Rim em 2023 será comemorado no dia 09 de março (2ª. quinta-feira do mês). A campanha de saúde global apresenta o tema “Saúde Renal para Todos: Educando sobre a Doença Renal”. O movimento tem como objetivo disseminar as informações sobre a doença renal para os profissionais de saúde e a população em geral, focando na prevenção, diagnóstico precoce e tratamento.

Atualmente, mais de 140 mil pessoas no Brasil dependem da diálise para manter sua vida. Entre estes pacientes renais crônicos, a maioria são diabéticos e hipertensos, doenças popularmente conhecidas como fatores de risco para o desenvolvimento da doença renal. Existe uma lacuna persistente e contínua no conhecimento sobre a Doença Renal Crônica, perceptível em todos os níveis da atenção à saúde – essa lacuna precisa ser preenchida para que os cuidados com os rins melhorem.

A doença renal crônica (DRC) se caracteriza pela lesão irreversível nos rins, mantida por três meses ou mais. Quando diagnosticada de forma precoce, sua progressão pode ser controlada ou retardada, na maior parte dos casos. Porém, em geral, a DRC não provoca sintomas significativos ou específicos nos estágios iniciais, fazendo com que seja fundamental o conhecimento sobre a doença, seus principais fatores de risco (como hipertensão arterial e diabetes mellituus) e exames simples de rastreamento diagnóstico (creatinina sérica e exame de urina).

 

Funções dos rins:

  • * Limpar todas as impurezas e as toxinas de nosso corpo;
  • * Regular a água e manter o equilíbrio das substâncias minerais do corpo (sódio, potássio e fósforo);
  • * Liberar hormônios para manter a pressão arterial e regular a produção de células vermelhas no sangue; e
  • * Ativar a vitamina D, que mantém a estrutura dos ossos.

                                  

Principais causas da insuficiência renal aguda:

  • * Choque circulatório;
  • * Sepse (infecção generalizada);
  • * Desidratação;
  • * Queimaduras extensas;
  • * Excesso de diuréticos;
  • * Obstrução renal; 
  • * Insuficiência cardíaca grave; e
  • * Glomerulonefrite aguda (inflamação nos glomérulos – unidades filtrantes do rim).

A doença renal crônica está associada a duas doenças de alta incidência na população brasileira: hipertensão arterial e diabetes. Como o rim é um dos responsáveis pelo controle da pressão arterial, quando ele não funciona adequadamente há alteração nos níveis de pressão. A mudança dos níveis de pressão também sobrecarrega os rins.

Portanto, a hipertensão pode ser a causa ou a consequência da disfunção renal, e seu controle é fundamental para a prevenção da doença.

Já a diabetes pode danificar os vasos sanguíneos dos rins, interferindo no funcionamento destes órgãos, que não conseguem filtrar o sangue corretamente. Mais de 25% das pessoas com diabetes tipo I e 5 a 10% dos portadores de diabetes tipo II desenvolvem insuficiência renal.

Outras causas são: nefrite (inflamação dos rins), cistos hereditários, infecções urinárias frequentes que danificam o trato urinário e doenças congênitas.

 

Sintomas:

  • * Aumento do volume e alteração na cor da urina;
  • * Fadiga;
  • * Dificuldade de concentração;
  • * Diminuição do apetite;
  • * Sangue e espuma na urina;
  • * Incômodo ao urinar;
  • * Inchaço nos olhos, tornozelos e pés;
  • * Dor lombar;
  • * Anemia;
  • * Fraqueza;
  • * Enjoos e vômitos; e
  • * Alteração na pressão arterial.

 

Prevenção: 

O primeiro passo é prevenir o desenvolvimento da hipertensão arterial e controlar a diabetes, doenças que mais levam à insuficiência renal.

  • * Conhecer o histórico de doenças da sua família;
  • * Controlar os níveis de pressão;
  • * Realizar avaliação médica anual, principalmente após os quarenta anos;
  • * Seguir uma dieta equilibrada, com baixa ingestão de sal e de açúcar;
  • * Controlar seu peso;
  • * Exercitar-se regularmente;
  • * Não fumar;
  • * Se fizer uso de bebidas alcoólicas, que seja de forma moderada;
  • * Monitorar seus níveis de colesterol; e
  • * Evitar o uso de medicamentos sem orientação médica.
  •  
  • Dia Nacional da Síndrome de Down

Down

O Dia Mundial da Síndrome de Down, comemorado em 21 de março, é uma data de conscientização global para celebrar a vida das pessoas com a síndrome e para garantir que elas tenham as mesmas liberdades e oportunidades que todas as pessoas. É oficialmente reconhecida pelas Nações Unidas desde 2012. A data escolhida representa a triplicação (trissomia) do 21º cromossomo que causa a síndrome.

A Síndrome de Down (SD) é uma alteração genética presente na espécie humana desde sua origem. Foi descrita há 150 anos, quando John Langdon Down, em 1.866, se referiu a ela pela primeira vez como um quadro clínico com identidade própria. Desde então, se tem avançado em seu conhecimento, ainda que existam mecanismos íntimos a descobrir. Em 1.958, o francês Jérôme Lejeune e a inglesa Pat Jacobs descobriram a origem cromossômica da síndrome, que passou a ser considerada genética.

É necessário destacar que a SD não é uma doença e, sim, uma condição genética inerente à pessoa, porém, está associada a algumas questões de saúde que devem ser observadas desde o nascimento da criança.

Existe um conjunto de alterações associadas à SD que exigem especial atenção e necessitam de exames específicos para sua identificação, são elas: cardiopatia congênita, alterações oftalmológicas, auditivas, do sistema digestório, endocrinológica, do aparelho locomotor, neurológicas, hematológicas e ortodônticas. Estudos nacionais revelam também, alta prevalência de doença celíaca (5,6%) em crianças com SD, que em caso de suspeita devem ser acompanhados por especialistas.

Não há relação entre as características físicas e um maior ou menor comprometimento intelectual – o desenvolvimento dos indivíduos está intimamente relacionado aos estímulos e aos incentivos que recebem, sobretudo nos primeiros anos de vida, e a carga genética herdada de seus pais, como qualquer pessoa.

 

Características:

Entre as características físicas associadas à trissomia do 21 estão: olhos amendoados, maior propensão ao desenvolvimento de algumas doenças e hipotonia muscular. Em geral, as crianças com Síndrome de Down são menores em tamanho e seu desenvolvimento físico, mental e intelectual pode ser mais lento do que o de outras crianças da sua idade.

É essencial que bebês e crianças com Síndrome de Down sejam acompanhados desde cedo com exames diversos para diagnosticar o quanto antes quaisquer anormalidades cardiovasculares, gastrointestinais, endócrinas, auditivas e visuais. Muitas vezes, o tratamento precoce pode até impedir que esses problemas cheguem a afetar a saúde do indivíduo. Crianças com síndrome de Down precisam ser estimuladas desde o nascimento para que sejam capazes de vencer as limitações que essa alteração genética lhes impõe. Como têm necessidades específicas de saúde e aprendizagem, exigem assistência profissional multidisciplinar e atenção permanente dos pais. O objetivo deve ser sempre habilitá-las para o convívio e a participação social.

 

Dia Mundial da Infância

Infância

O dia 21 de março foi instituído pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) como o Dia Mundial da Infância. A data tem o objetivo de promover uma reflexão sobre a defesa dos direitos das crianças.

Apesar de os cuidados com crianças e adolescentes serem importantes em qualquer idade, os primeiros mil dias de vida do ser humano são decisivos para o desenvolvimento integral. O período começa no primeiro dia da gestação e dura até os dois anos de idade.

De acordo com a Lei nº 13.257/2016, primeira infância é o período que abrange os primeiros 6 (seis) anos completos ou 72 (setenta e dois) meses de vida da criança.

 A referida Lei estabelece princípios e diretrizes para a formulação e a implementação de políticas públicas para a primeira infância em atenção à especificidade e à relevância dos primeiros anos de vida no desenvolvimento infantil e no desenvolvimento do ser humano, em consonância com os princípios e diretrizes da Lei nº 8069/1990, conhecida como Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Em seu art. 5º, define: “Constituem áreas prioritárias para as políticas públicas para a primeira infância a saúde, a alimentação e a nutrição, a educação infantil, a convivência familiar e comunitária, a assistência social à família da criança, a cultura, o brincar e o lazer, o espaço e o meio ambiente, bem como a proteção contra toda forma de violência e de pressão consumista, a prevenção de acidentes e a adoção de medidas que evitem a exposição precoce à comunicação mercadológica”.

No Brasil, há cerca de 16,5 milhões de crianças de até quatro anos de idade, representando 7,8% do total da população, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Essa presença substancial na sociedade brasileira atua como justificava para a necessidade de políticas públicas de proteção e cuidado à primeira infância.

Entre 1999 e 2019 foram registrados 1,7 milhão de óbitos de crianças e adolescentes no Brasil. As causas de morte são diversas, entre problemas perinatais, causas externas, doenças respiratórias e infecciosas, entre outras.

Para o Ministério da Saúde, a criança é um ser humano em pleno desenvolvimento. As experiências vividas nos primeiros anos de vida são fundamentais para a formação do adulto que ela será no futuro. Por isso, é muito importante que a criança cresça em um ambiente saudável, cercada de afeto e com liberdade para brincar.

Para cuidar da criança, educar e promover sua saúde e seu desenvolvimento integral, é importante a parceria entre os pais, a comunidade e os profissionais de saúde, de assistência social e de educação.

A criança deve ter seu crescimento e desenvolvimento acompanhados regularmente pela equipe da Unidade Básica de Saúde mais próxima de onde mora.

 

Toda criança tem direito a:

  • * Ser registrada gratuitamente;
  • * Realizar o teste do pezinho entre o 3º e o 5º dia de vida;
  • * Ter acesso aos serviços de saúde de qualidade;
  • * Ter acesso à escola pública e gratuita perto do lugar onde mora;
  • * Receber gratuitamente as vacinas indicadas no calendário básico de vacinação;
  • * Ter direito de viver intensamente a infância;
  • * Ter acesso à água potável e alimentação adequada;
  • * Ser acompanhada em seu crescimento e desenvolvimento;
  • * Ser acompanhada pelos pais durante a internação em hospitais;
  • * Viver em um lugar limpo, ensolarado e arejado;
  • * Ter oportunidade de brincar e aprender; e
  • * Viver em ambiente afetuoso e sem violência.

Dia Mundial de Combate à Tuberculose

Tuberculose tem cura

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que afeta principalmente os pulmões, mas também pode acometer órgãos como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).

A data foi criada em 1982 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em homenagem aos 100 anos do anúncio do descobrimento do bacilo causador da tuberculose, ocorrida em 24 de março de 1882, pelo médico Robert Koch.

Segundo estimativas da OMS, um terço da população mundial está infectado pelo Mycobacterium tuberculosis e em risco de desenvolver a doença. Há cerca de 8,8 milhões de doentes e 1,1 milhões de mortes por ano no mundo.

O Brasil ocupa o 17º lugar entre os 22 países responsáveis por 82% do total de casos de tuberculose no mundo. Embora seja uma doença passível de ser prevenida, tratada e mesmo curada, ainda mata cerca de 4,7 mil pessoas todos os anos no Brasil.

Cada paciente com tuberculose pulmonar que não se trata, pode infectar em média 10 a 15 pessoas por ano. Alguns fatores contribuem para a disseminação da doença, tais como a pobreza e má distribuição de renda, a AIDS, a desnutrição, as más condições sanitárias e a alta densidade populacional.

 

Prevenção e tratamento

A vacina BCG é obrigatória para menores de um ano, pois protege as crianças contra as formas mais graves da doença. A melhor forma de prevenir a transmissão da doença é fazer o diagnóstico precoce e iniciar o tratamento adequado o mais rápido possível. Com 15 dias após iniciado o tratamento, a pessoa já não transmite mais a doença. O tratamento deve ser feito por um período mínimo de 6 meses, diariamente e sem nenhuma interrupção. O tratamento só termina quando o médico confirmar a cura total do paciente.

 

Dia Mundial de Conscientização da Epilepsia

Março roxo

Em 26 de março, anualmente, as pessoas ao redor do mundo são convidadas a usar a cor roxa – é um dia de esforço internacional dedicado ao aumento da conscientização sobre a epilepsia.

O Purple Day (Dia Roxo) foi criado em 2.008, por Cassidy Megan, uma criança canadense com nove anos de idade na época. Com a ajuda da Associação de Epilepsia da Nova Escócia (EANS), Cassydi escolheu a cor roxa para representar a epilepsia, por achar que a flor de lavanda, frequentemente associada com a solidão, representava os sentimentos de isolamento que muitas pessoas com epilepsia sentem.

A epilepsia é uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se. Se ficarem restritos, a crise será chamada parcial; se envolverem os dois hemisférios cerebrais, generalizada. Por isso, algumas pessoas podem ter sintomas relativamente evidentes de epilepsia, não significando que o problema tenha menos importância se a crise não for tão aparente.

 

Sintomas:

Em crises de ausência, a pessoa apresenta-se “desligada” por alguns instantes, podendo retomar o que estava fazendo em seguida. Em crises parciais simples, o paciente experimenta sensações estranhas, como distorções de percepção ou movimentos descontrolados de uma parte do corpo. Ele pode sentir um medo repentino, um desconforto no estômago, ver ou ouvir de maneira diferente. Se, além disso, perder a consciência, a crise será chamada de parcial complexa. Depois do episódio, enquanto se recupera, a pessoa pode sentir-se confusa e ter déficits de memória. Em crises tônico-clônicas, o paciente primeiro perde a consciência e cai, ficando com o corpo rígido; depois, as extremidades do corpo tremem e contraem-se. Quando as crises duram mais de 30 minutos sem que a pessoa recupere a consciência, são perigosas, podendo prejudicar as funções cerebrais.

 

Causas:

Muitas vezes, a causa é desconhecida, mas pode ser uma lesão no cérebro, decorrente de uma forte pancada na cabeça, uma infecção (meningite, por exemplo), neurocisticercose (“ovos de solitária” no cérebro), abuso de bebidas alcoólicas, de drogas.

Muitas vezes a origem pode ter relação com má formação congênita do cérebro.

 

Tratamento:

O tratamento das epilepsias é feito com medicamentos que evitam as descargas elétricas cerebrais anormais, que são a origem das crises epilépticas; casos com crises frequentes e incontroláveis são candidatos à intervenção cirúrgica.

Em muitos casos as crises epiléticas não são previsíveis e as pessoas precisam de ajuda, principalmente para não se machucarem durante as convulsões. É importante estar atento e saber como proceder ao presenciar uma crise:

  • * Mantenha a calma e tranquilize as pessoas ao seu redor;
  • * Evite que a pessoa caia bruscamente ao chão;
  • * Tente colocar a pessoa deitada de costas, em lugar confortável e seguro, com a cabeça protegida com algo macio;
  • * Nunca segure a pessoa nem impeça seus movimentos (deixe-a debater-se);
  • * Retire objetos próximos com que ela possa se machucar;
  • * Mantenha-a deitada de barriga para cima, mas com a cabeça voltada para o lado, evitando que ela se sufoque com a própria saliva;
  • * Afrouxe as roupas, se necessário;
  • * Se for possível, levante o queixo para facilitar a passagem de ar;
  • * Não tente introduzir objetos na boca do paciente durante as convulsões;
  • * Não dê tapas;
  • * Não jogue água sobre ela nem ofereça nada para ela cheirar;
  • * Verifique se existe pulseira, medalha ou outra identificação médica de emergência que possa sugerir a causa da convulsão;
  • * Permaneça ao lado da pessoa até que ela recupere a consciência;
  • * Se a crise convulsiva durar mais que 5 minutos sem sinais de melhora, peça ajuda médica; e
  • * Quando a crise passar, deixe a pessoa descansar.

 

CONTATOS SUPERINTENDÊNCIA PSICOSSOCIAL E SAÚDE

E-MAIL: sps@dease.sc.gov.br

TELEFONE: 3664-5799 / 3664-5914

 

Fonte: Biblioteca Virtual em Saúde/Ministério da Saúde

Page Reader Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud Screen Reader Support