Juiz gaúcho compartilha êxito de projeto de musicalização com adolescentes em conflito com a lei com servidores do DEASE
Nesta segunda-feira, ocorreu uma reunião na sede da Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa (SAP), em Florianópolis, que promete trazer benefícios significativos ao sistema socioeducativo de Santa Catarina. O Juiz de Direito da Comarca de Passo Fundo/RS, Dalmir Franklin de Oliveira Júnior, reconhecido nacionalmente pelo seu projeto “Banda Liberdade”, no qual oferece oficinas e formação musical para jovens e adolescentes em conflito com a lei; discutiu seu projeto com os servidores do Departamento de Administração Socioeducativa (DEASE) e da SAP.
“A proposta é implementar um projeto-piloto em Santa Catarina seguindo os moldes bem-sucedidos do Dr. Dalmir Jr. Estamos estudando a aplicação desse projeto no Centro de Atendimento Socioeducativo Regional (CASER) de Criciúma, que já possui histórico de iniciativas de musicalização na unidade”, informou o psicólogo Thales Valim Angelo da Coordenação Técnica de Educação e Profissionalização (CTEP) do DEASE.
O projeto “Banda Liberdade” começou em 2008 com o psicopedagogo Isair Barbosa e o Magistrado Dalmir Franklin de Oliveira Júnior. A ideia era oferecer oficinas de música para adolescentes e jovens em cumprimento de medida socioeducativa pela prática de atos infracionais graves, visando incentivá-los a afastarem-se da criminalidade por meio da arte.
Desde então, o projeto já beneficiou aproximadamente 700 adolescentes e jovens custodiados, tornando-se um sucesso reconhecido nacionalmente com a participação destes jovens em shows e gravações com bandas como O Rappa e Chimarruts, além de apresentações em diversos festivais de música, reportagens jornalísticas e programas de TV.
“Estou muito satisfeito com o interesse e a sensibilidade demonstrados pelos servidores do DEASE e da SAP em relação ao projeto. Ao longo dos anos, tivemos diversas experiências positivas, evidenciando que esses jovens em medidas socioeducativas podem ser transformados pela música e pela redefinição de seus papéis sociais”, declarou o juiz.