SAP – Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa

SC sedia encontro para debater políticas de controle da tuberculose no sistema prisional

O Secretário de Administração Prisional e Socioeducativa (SAP), Leandro Lima, participou nesta terça-feira (6) da abertura da Reunião Regional do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), em Florianópolis, onde estão sendo discutidas as políticas de combate à tuberculose, no âmbito do sistema prisional. 

Em Santa Catarina houve uma significativa redução nos casos registrados na Gerência de Saúde do Deap. Em março do ano passado, foram realizados 9.082 exames e identificados 94 internos infectados pelo bacilo da tuberculose. Em março deste ano, o número caiu para 65 doentes. A redução no número não significa que a tuberculose foi erradicada em SC, mas controlada no ambiente prisional.

De acordo com o titular da SAP, Leandro Lima, o tema precisa ser trabalhado de forma transversal. “A integração entre os setores, o Depen e os estados é fundamental para que as estratégias sejam revistas e as boas práticas multiplicadas”, observou.

A coordenadora-geral de Cidadania e Alternativas Penais do Depen, Susana Inês de Almeida, destacou que tuberculose, assim como todas as doenças que podem ser potencializadas pelo bacilo, precisa receber atenção no meio prisional. “O sistema é um local de circulação social, por onde passam familiares dos internos, advogados e servidores, entre outros profissionais.”

Um dos caminhos apontados pelo Depen é promover ações educativas sobre a doença para que a pessoa infectada pelo bacilo seja identificada no menor tempo possível e receba o tratamento adequado. “É precisos conscientizar servidores, familiares e detentos que a tuberculose é uma doença perigosa, mas que pode ser controlada e curada”, observa o gerente de saúde do Deap, Laércio Fernando Kamers.

Uma das principais ações para evitar novos casos da doença nas unidades prisionais catarinenses é manter um rígido controle sobre a ingestão da medicação, já que a cura da doença depende do tratamento completo. Outra medida importante é que o preso com tuberculose está identificado no i-pen (sistema de dados que concentra todas as informações sobre os internos). “Caso ele seja transferido de unidade, por exemplo, ele já chega com a recomendação de seguir o tratamento”, pontua Laércio Fernando.

No Brasil, a cada ano, são identificados cerca de 70 mil casos de tuberculose e 4,6 mil mortes em decorrência da doença.

A Reunião Regional do Depen termina na próxima quinta-feira (8) e conta com a presença de representantes da saúde do sistema penitenciário de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, além de integrantes da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) da Secretaria de Estado da Saúde.

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